Teu amor é de outro mundo
Eu diria que é venusiano
Porque vivo no mesmo dia,
Já faz mais de um ano.
Mas vê se me cobre
com o cobre
dos teus cabelos
Pois eu não quero mais
Olhar para esse teu espelho
Onde fui procurar
meu reflexo de verdade
e o que encontrei
foi uma dura vaidade
Eu acreditava estar no Paraíso
Até ir ao Inferno
Conhecer os anjos.
O meu olhar vê nus
despidos
e descobertos
os vê-ne-nus
que venerava
o meu reflexo
tóxico.
Então vê se me cobre
com o cobre
dos teus cabelos.
O amor é invisível, abstrato,
logo o seu reflexo se converte em infinito.
A vaidade é concreta e quebra
logo o seu reflexo se converte em pedra
Então vê se me cobre
com o cobre
dos teus cabelos
Para eu poder olhar
para dentro desse espelho
que inverte inveja
reflexa e convexa
e espelha espalhando
o flexo do reflexo
Desse amor venusiano
cosmopolitano
E convexo.
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