Vou dar um exemplo de como é o exercício que fiz. Você questiona o que sente e responde. Depois questiona a resposta que deu e responde. E assim sucessivamente. Sempre focando no porquê de você se sentir assim.
Por que ME INCOMODA que fulano me ignore?
Observado? A pergunta não foi "por que fulano me ignora?" e sim "por que EU ME INCOMODO com isso?"
Porque se ele age com indiferença, quer dizer que não sou importante para ele.
Por que não ser importante para ele me incomoda?
Porque ele é inteligente e dedica atenção e tempo a coisas interessantes.
Por que ele se dedicar a outras coisas e não a mim me incomoda?
Porque isso significa que eu não sou interessante para alguém que acredito só se dedicar a coisas interessantes.
Por que ser objeto de interesse dele é importante para mim?
Porque me elevaria na mesma posição dele, faria eu me sentir tão especial quanto ele.
E o que ele tem de tão especial para mim?
É interessante, focado, segue seus sonhos, não se deixa levar por conversas mesquinhas e supérfluas só para ter o ego massageado.
Se isso o torna interessante por que não admirar e se espelhar no comportamento dele ao invés de querer que ele se interesse por algo que não é do interesse dele e acabe desviando do seu foco?
Se ele apenas se interessar por mim eu não terei que fazer esforço para ser interessante. Mas de fato, se eu me tornar uma pessoa focada, que segue meus sonhos e não me deixa levar pelo meu ego, crescerei mais rapidamente e não precisarei da aprovação dele porque estarei segura de mim.
Esse foi apenas um trechinho para exemplificar bem o exercício. Caso não tenha ficado claro, explico: as pessoas são um espelho! Quando não conseguimos enxergar nossa imagem claramente pensamos que o espelho está sujo e embaçado. Então queremos limpá-lo, consertá-lo, quando na verdade somos nós que estamos embaçados, confusos de se entender e o espelho está refletindo exatamente isso, que estamos confusos. O problema com alguma pessoa na verdade é apenas a ponta do iceberg de um problema muito mais profundo que temos com nós mesmos. Eu jurava que ele me tirava a paz por não atender minha expectativas quando na verdade eu me tirava a paz por ser insegura e, de certa forma, covarde. E me sentia assim por ter o ego frágil.
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