Pessoas não são pertences
E a vida não é a estante
Tudo é uma grande
Mudança constante.
A realidade não pede permissão
para entrar na sua casa
Nem entra sem bater.
Ela É a casa.
Não tem para onde correr.
Quando a realidade nos cercar
E uma lição nos dar
Que não venham aqueles de fora
Que guardam pessoas numa estante
Nos culpar da nossa mudança constante.
Porque alguns sonhos já não tenho mais
Sonhos podem te fazer cantar
Do alto do céu, vendo coisas que ninguém viu.
E quem lá vai estar?
Sempre achei que os sonhos
Eram tudo o que podíamos ter
E que era nosso dever segui-los
Para ascender.
Sempre ouvi dizer que eu
Deveria me importar.
Mas eu também vi
Que não preciso me curvar.
Pois se os sonhos são meus, não eu deles
Eu devo segui-los com amor e paz.
E quando eu caí, vi que os sonhos falham.
Porque os sonhos não te dizem “isso vai passar!”
Nem conseguem te abraçar.
E não podem dizer “eu te amo”.
Então há algo maior.
O que são sonhos
Quando se tem amor?
Desnecessário adormecer.
Tudo é um sonho.
Pensei que estaria indo
Para nosso lugar secreto
Quando deixei o endereço
Nas mãos do motorista
Eu deveria agradecer
E sentir amor
Mas me senti traída
Por mim mesma.
Apostei tudo o que podia
E meu tudo não foi o suficiente.
E fui embora.
Vi meu sonho florescer
E morrer
Várias vezes
E ser vivido
Por vários
E cada vez
Mais distante.
A Bela Adormecida
A Rosa dos Espinhos
Inconsciente
Num reino parado
Onde não pretendo voltar.
Porque se ela acorda
Com um beijo de amor
Antes é preciso encontrá-lo
E onde não se encontra
Espalhá-lo.
Porque nunca se tratou
De ficar onde tem amor
Mas sim de levar
Por onde eu andar.
Já se passou tanto tempo
Que ouço os sinos de Natal
A esperança de cada ano
Para quem espera.
Para quem anda
É Natal todo dia
A noite tem estrela guia
E no coração alegria.
Feliz Ano Novo!
Porque não pretendo
Voltar ao Sonho Velho.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Ela sentia frio naquela noite quente. Ao mesmo tempo que tinha medo de sentir frio eterno, tinha prazer de sentir seu corpo descansando aos poucos. Ela não sabia que sensação era e não tinha ninguém para lhe explicar. Ela sabia que algo estava prestes a acontecer. E sabia que, a que ficaria, viria nem que fosse para passar a mão na sua cabeça e vê-la ainda com vida.
Mas ela não veio.
E esperançosa, foi fechando os olhos. Ela tinha certeza de que ela viria.
"Vou tirar uma soneca e vou acordar com ela me acariciando, dizendo que vai ficar tudo bem" pensou ela.
Mas ela não veio.
Estava apenas acariciando seu passado com doces lembranças e acariciando seu presente apenas por pensamentos... E o cordão da vida foi cortado. Ela foi. Ela ficou.
Feridas em lados diferentes...
E ela com a esperança de que ela virá mais tarde... Sempre mais tarde... Mesmo quando o mais tarde for tarde de mais.
Ela não entendeu como as coisas grandiosas pudessem ser reduzidas a pó, sem mais nem menos... Apenas pó. Ridículo e cruel. E ninguém havia perguntado a opinião dela sobre isso.
E a partir daí os que estavam de fora levaram o caso a sério, já que a única coisa que levam a sério é a morte. Ela é surreal! A única coisa real que ela tinha era o amor que recebera dela. E agora, viver de mentiras, risos falsos, consolos indiferentes cumprindo com seus papéis "sociais" que não socializam nada... A única coisa que tinha real por ali era a morte e a vida que partiu. E ela ficou como um ferro entre dois ímãs. Suspensa. Confusa.
Não queria escolher entre a vida e a morte, entre o amor ou a ausência dele... Ela só queria o que era real.
E o real estava agora atrás de um véu.
Esteve o tempo todo, atrás de um véu espelhado!
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Florescer
Me sustento dos sonhos antigos, despedaçados, que ficaram secando nos galhos. Reabsorvo-os e reaproveito-os, com fresca seiva correndo para recriar novos sonhos, montando sonhos antigos em vida.
Inspiro impurezas e isso não me faz mal algum. Transformo-as em puras e as libero através dos novos sonhos. Sempre renovando o ar.
Suporto climas severos e humildemente me escondo entre os que me rodeiam.
Retiro, do meu próprio chão, nutrientes necessários. Mesmo com pezinhos floresço onde fui plantada por uma mensageira. Mensageiras que agora vem me visitar recolhendo e espalhando vida.
Almejo crescer, mas não ultrapassar o limite dos que me rodeiam e ficar distante deles, mesmo entendendo a natureza de cada um.
Embora, às vezes deseje ser grande o bastante para não chamar atenção para eles se o perigo estiver por perto.
Procuro algo no céu, mesmo não o alcançando. Mas seres invisíveis me trazem até a terra tudo o que preciso.
Se me cortarem, serei esforçada em continuar florescendo, mesmo que me cortem constantemente, vou precisar florescer. Talvez não tão forte quanto antes, mas, com certeza, mais renovada!
Posso ser arrancada da minha terra e quando isso acontecer, eu vou chorar, por não estar mais ali. Mas sei que fui e serei usada como foi programado...
E um dia, quando a terra novamente cobrir meu corpo, a semente dentro dele, florescerá novamente.
Inspiro impurezas e isso não me faz mal algum. Transformo-as em puras e as libero através dos novos sonhos. Sempre renovando o ar.
Suporto climas severos e humildemente me escondo entre os que me rodeiam.
Retiro, do meu próprio chão, nutrientes necessários. Mesmo com pezinhos floresço onde fui plantada por uma mensageira. Mensageiras que agora vem me visitar recolhendo e espalhando vida.
Almejo crescer, mas não ultrapassar o limite dos que me rodeiam e ficar distante deles, mesmo entendendo a natureza de cada um.
Embora, às vezes deseje ser grande o bastante para não chamar atenção para eles se o perigo estiver por perto.
Procuro algo no céu, mesmo não o alcançando. Mas seres invisíveis me trazem até a terra tudo o que preciso.
Se me cortarem, serei esforçada em continuar florescendo, mesmo que me cortem constantemente, vou precisar florescer. Talvez não tão forte quanto antes, mas, com certeza, mais renovada!
Posso ser arrancada da minha terra e quando isso acontecer, eu vou chorar, por não estar mais ali. Mas sei que fui e serei usada como foi programado...
E um dia, quando a terra novamente cobrir meu corpo, a semente dentro dele, florescerá novamente.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Fluorescer
Como uma rede, pesco tudo que passa perdido pelo espaço. Abrigo tantas coisas que explodo em emoções e viro fogo feroz, queimando incandescente no céu.
Todos dizem que acham minha atitude bela, mas poucos param para me enxergar brilhando. De repente, caio em desejo de alguém. E caindo em terra fértil floresço com venenos e curas preparada para proteger e lutar por um ingênuo sonhador.
Todos dizem que acham minha atitude bela, mas poucos param para me enxergar brilhando. De repente, caio em desejo de alguém. E caindo em terra fértil floresço com venenos e curas preparada para proteger e lutar por um ingênuo sonhador.
sábado, 24 de julho de 2010
Roda-Gigante
A vida é uma enorme roda-gigante: o que sobe acaba descendo e o que desce acaba subindo. As coisas mudam e seguem um rumo natural com ou sem a sua intervenção. Conscientize-se de que o mundo não está contra ti, mas a vida segue e a sorte nem sempre será ao seu favor.
O universo tem suas próprias razões e caminhos por isso as energias cósmicas do universo devem ser avaliadas para que tu consigas entender as situações que te rodeiam.
Quando descer, desça com Amor e aceitação. Passará mais rápido. Afinal, a finalidade do ser humano é desenvolver o amor universal e para desenvolvê-lo precisamos aceitá-lo em nós mesmos primeiro.
O maior erro é buscar a perfeição antes do equilíbrio: o pôr-do-sol, as luzes da cidade, o mar no horizonte, toda a beleza do momento perfeito será arruinado se não houver equilíbrio na sua cadeira. Ela vai balançar, haverá medo, o momento não será apreciado. Buscando o equilíbrio, a perfeição vem.
Não pense que há perfeição em apenas um lado ou você cairá. Tenha equilíbrio e amor sempre, nos altos e baixos, mas não confunda equilíbrio com estabilidade e imobilidade. Equilíbrio é movimento! É jogar o corpo para um lado quando estiver caindo para o outro.
Foque na sua travessia, não ceda a pressões e medos alheios, ame, aproveite, aprecie, divirta-se. Não há motivos para desespero e gritarias. Uma hora o brinquedo vai ser desligado.
domingo, 6 de junho de 2010
Esperando o Frio Passar II
Ao cair do anoitecer
vejo lindas lembranças
entre as estrelas
Desejando que desça junto com o sereno
uma delas até você.
Lembrando da alegria
lembrando da sinceridade
deixando o calor envolver
e desenterrar no coração algo que enterre o esquecimento
Pois através do meu calor
consigo chegar às lembranças
e através do frio e do meu silêncio
é o mais próximo que consigo chegar de você...
Congelada no tempo!
vejo lindas lembranças
entre as estrelas
Desejando que desça junto com o sereno
uma delas até você.
Lembrando da alegria
lembrando da sinceridade
deixando o calor envolver
e desenterrar no coração algo que enterre o esquecimento
Pois através do meu calor
consigo chegar às lembranças
e através do frio e do meu silêncio
é o mais próximo que consigo chegar de você...
Congelada no tempo!
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Estrelinhas II
E como o sol, a verdade nascia e brilhava, desaparecendo com a escuridão da ignorância, da falta de conhecimento, da falta de entendimento, onde, sem enxergar, confiaríamos apenas em nós mesmos. As crianças saíam de suas casas seguras por aquela luz, e brincavam aquecidas por ela. Admiravam-na até o último momento e desviavam os olhares dela quando ela atingia seu ápice do meio-dia. Tão bela que constrangia. Tão verdadeira e forte que podia nos deixar cegos. A estrela-guia de nossas vidas, que iluminava todos os caminhos. Luz e energia.
E se alguém lhe desse as costas, veria apenas sua própria sombra. E um ser pequeno mais abaixo agradeceria pela sombra, refresco da vida, descanso da incandescente luz. A sombra que lhe permitiria enxergar mais para o além, não ferindo seus olhos, nem perturbando a visão.
E se esse ser desse as costas e essa sombra, creria que ela iria continuar dando essa sensação de bem estar, encobrindo-o.
Para agüentar a luz intensa da verdade, deve-se estar preparado para vê-la brilhar no nosso céu todos os dias.
E acreditar que pode-se viver apenas de escuridão é acreditar que não existe nada mais além que faça a sombra querida se materializar no chão.
Boa quarta-feira! :D
E se alguém lhe desse as costas, veria apenas sua própria sombra. E um ser pequeno mais abaixo agradeceria pela sombra, refresco da vida, descanso da incandescente luz. A sombra que lhe permitiria enxergar mais para o além, não ferindo seus olhos, nem perturbando a visão.
E se esse ser desse as costas e essa sombra, creria que ela iria continuar dando essa sensação de bem estar, encobrindo-o.
Para agüentar a luz intensa da verdade, deve-se estar preparado para vê-la brilhar no nosso céu todos os dias.
E acreditar que pode-se viver apenas de escuridão é acreditar que não existe nada mais além que faça a sombra querida se materializar no chão.
Boa quarta-feira! :D
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Amigos de Biblioteca
Lembro de todas as conversas que tivemos... Primeiras conversas sobre o gosto de cada um, interesses, objetivos, sonhos, jeito de pensar... Primeiras histórias sobre traumas e sobre vitórias, histórias cômicas e, mesmo que, histórias tristes, formas alegres de contá-las. Formas cheias de esperança, consolo, conforto e fé em um futuro melhor. Tudo muito novo. Até o passado se desvendar completamente, como um livro maravilhoso que acabamos de ler.
E quando fui recontar tal conto, uma vez muito importante, recebi um sonoro “Você já contou essa”, como se aquilo não fizesse mais parte da minha história apenas porque foi lida uma vez. Agora é só esperar pelas novidades que ainda não foram escritas, para atualizar o meu histórico e dividir novas histórias com aqueles amigos. Mas ao mesmo tempo em que atualizo com novos contos, eles também atualizam. E mudamos constantemente. E as histórias se desencontram.
Às vezes, pulamos uma página sem querer e não entendemos como a história tomou um rumo diferente. Estamos cansados demais crendo que mais tarde tudo será explicado na última pagina.
Não temos mais tempo para ler contos novos, estamos ocupados demais escrevendo os nossos...
Então se quisermos fazer parte dos contos novos dos amigos ou se quisermos esses amigos nos nossos contos, teremos que manter contato. Ou nossas histórias serão apenas um bom livro esquecido lá na prateleira.
____________________________________
Escrevi esse texto há um tempo e hoje, quando o reli, percebi nas palavras o meu desespero em perder amizades com quem criei belas histórias... E ri. Se eu soubesse que algumas dessas amizades se afastariam para escrever contos de drama e terror talvez eu não tivesse me preocupado tanto em tê-las nas minhas novas aventuras - ou em eu estar nas delas. Quem sabe um dia façamos um crossover?
Sim, as nossas histórias realmente viraram apenas um bom livro na nossa prateleira de favoritos... Que agora está quase cheia de bons novos livros.
Percebi que quando gostamos e ficamos envolvidos em uma história, sempre vamos desejar que ela dure mais um pouquinho. Essa sensação não passa com os anos. A única forma de driblar esse sentimento é nos distrairmos escrevendo mais uma história... Que passaremos a amar e querer que dure mais um pouquinho...
Agora, mudando de saco para mala, antes que eu comece a chorar (rsrs) deixo aqui como indicação o blog de um amigo meu, o Guilherme. :)
http://meuanseio.wordpress.com
Lindo. Simplicidade e sinceridade nas palavras. Vale a pena ler. ;)
E quando fui recontar tal conto, uma vez muito importante, recebi um sonoro “Você já contou essa”, como se aquilo não fizesse mais parte da minha história apenas porque foi lida uma vez. Agora é só esperar pelas novidades que ainda não foram escritas, para atualizar o meu histórico e dividir novas histórias com aqueles amigos. Mas ao mesmo tempo em que atualizo com novos contos, eles também atualizam. E mudamos constantemente. E as histórias se desencontram.
Às vezes, pulamos uma página sem querer e não entendemos como a história tomou um rumo diferente. Estamos cansados demais crendo que mais tarde tudo será explicado na última pagina.
Não temos mais tempo para ler contos novos, estamos ocupados demais escrevendo os nossos...
Então se quisermos fazer parte dos contos novos dos amigos ou se quisermos esses amigos nos nossos contos, teremos que manter contato. Ou nossas histórias serão apenas um bom livro esquecido lá na prateleira.
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Escrevi esse texto há um tempo e hoje, quando o reli, percebi nas palavras o meu desespero em perder amizades com quem criei belas histórias... E ri. Se eu soubesse que algumas dessas amizades se afastariam para escrever contos de drama e terror talvez eu não tivesse me preocupado tanto em tê-las nas minhas novas aventuras - ou em eu estar nas delas. Quem sabe um dia façamos um crossover?
Sim, as nossas histórias realmente viraram apenas um bom livro na nossa prateleira de favoritos... Que agora está quase cheia de bons novos livros.
Percebi que quando gostamos e ficamos envolvidos em uma história, sempre vamos desejar que ela dure mais um pouquinho. Essa sensação não passa com os anos. A única forma de driblar esse sentimento é nos distrairmos escrevendo mais uma história... Que passaremos a amar e querer que dure mais um pouquinho...
Agora, mudando de saco para mala, antes que eu comece a chorar (rsrs) deixo aqui como indicação o blog de um amigo meu, o Guilherme. :)
http://meuanseio.wordpress.com
Lindo. Simplicidade e sinceridade nas palavras. Vale a pena ler. ;)
sábado, 17 de abril de 2010
Luz de Esperança
Quando se está na escuridão, as estrelas e qualquer luz no céu se tornam anjos. E com brilho nos olhos pedimos ajuda aos nossos irmãos e irmãs, todos criados pelo mesmo Deus.
Pedimos ajuda ao vento para que leve nossa voz e nosso cheiro a alguém. Pedimos para a Lua, conexão dos apaixonados, para que conecte nosso olhar com o de alguém que de longe olha com as mesmas esperanças. Pedimos ao pólen que se espalhe pelos campos afora, que perfume o mundo dos desesperados. Pedimos a estrela cadente e a joaninha. Pedimos e atendemos pedidos em conexão com o mundo. Corremos a fazer nossa parte confiando no mundo, no poder sagrado da vida.
Pedimos ao arco-íris que brilhe mais e mais, esquecendo da sinfonia do sol e da chuva, esquecendo que é tudo um conjunto. E as nuvens escuras e leves se aproximam para fazer um contraste e nos mostrar um arco-íris mais luminoso.
Pedimos ao Sol, um lindo pôr-do-sol, esquecendo que ele está apenas fazendo o mesmo trajeto de sempre, esquecendo de pedir carinhosamente as nuvens que nos deixem enxergar o pôr-do-sol mais coloridamente harmônico que já se viu... E algumas coisas se perdem. E direcionamos nossos sonhos as coisas falsas, coisas que não condizem com nossas esperanças.
Mas quem poderá ser culpado? A estrela que não realiza desejos ou as pessoas por ainda terem um pouco de esperança?
Pedimos ajuda ao vento para que leve nossa voz e nosso cheiro a alguém. Pedimos para a Lua, conexão dos apaixonados, para que conecte nosso olhar com o de alguém que de longe olha com as mesmas esperanças. Pedimos ao pólen que se espalhe pelos campos afora, que perfume o mundo dos desesperados. Pedimos a estrela cadente e a joaninha. Pedimos e atendemos pedidos em conexão com o mundo. Corremos a fazer nossa parte confiando no mundo, no poder sagrado da vida.
Pedimos ao arco-íris que brilhe mais e mais, esquecendo da sinfonia do sol e da chuva, esquecendo que é tudo um conjunto. E as nuvens escuras e leves se aproximam para fazer um contraste e nos mostrar um arco-íris mais luminoso.
Pedimos ao Sol, um lindo pôr-do-sol, esquecendo que ele está apenas fazendo o mesmo trajeto de sempre, esquecendo de pedir carinhosamente as nuvens que nos deixem enxergar o pôr-do-sol mais coloridamente harmônico que já se viu... E algumas coisas se perdem. E direcionamos nossos sonhos as coisas falsas, coisas que não condizem com nossas esperanças.
Mas quem poderá ser culpado? A estrela que não realiza desejos ou as pessoas por ainda terem um pouco de esperança?
quarta-feira, 24 de março de 2010
Espelhos, correntes e escalas...
Hoje eu pensei em postar uma conclusão que cheguei quando reli meu diário. Mas eu kero dizer algumas coisas antes... então quando eu for dizer que será sobre meu diário atentem-se! Sei que vcs já devem ter passado por situações adolescentes como as que estou passando, mas é a primeira vez que sinto certas coisas, então, tentem compreender uma adolescente em crise, por favor :)
Sabe, gente... Um amigo meu me fez ver o quanto mudei. Não que ele saiba que fez isso, mas eu sei. Conversando com ele reparei como estava descrente. Será que isso tem a ver com “crescer”? Algumas coisas me deixaram mais ativa, mais consciente de que precisamos tomar iniciativa e não ter tanta esperança, não se deixar esperar que “na hora certa as coisas virão”... Fazer e acontecer.
Claro que estamos toda hora mudando de acordo com as circunstâncias que nos surgem, mas tem sempre a gota da água, que é a grande revolução, onde damos a louca com aquilo que já não conseguimos engolir. E acho que o tempo que fiquei engolindo a força o que não podia mais acabou. Hora de dizer não, dar um basta e botar tudo pra fora.
E o que seria de mim sem meus amigos? Amigos que me deram estimação, que me animaram... Aqueles amigos que nos libertam!
É! Esses amigos que nos fazem perceber que temos grandes qualidades adormecidas dentro de nós e que acordam elas para nós... Nós, que temos medo de despertá-las e ver a fúria, e não conseguir controlar...
Quando eu era criança, me achava mais inteligente, sábia, esperta... Mas com pureza! Hoje me acho mais inteligente, sábia e esperta pela maldade! Mas... Desconfiança é sinal de esperteza? Desconfiar da palavra de pessoas sinceras e raras só porque outros já te magoaram? Isso parece sábio? E o mais importante: parece certo?
As pessoas podem apontar todas as coisas em você, mas se você nunca se olhar no espelho, nunca saberá como é de verdade. Precisamos refletir. Não basta olhar para o espelho, aquele vidro refletor luminoso... Temos que olhar para nós como um todo. Um
ser que respira, tem brilho nos olhos... Que tem um coração ainda pulsante! Não apenas uma imagem, apenas mais um rosto. Temos que trabalhar na Terra sem vaidade.
Hora de nos conhecermos para que não haja enganos nos espelhos.
Sim, nem sempre o que vemos nos espelhos somos nós. Às vezes é o espelho sujo, quebrado, rachado, para dentro como uma colher que nos faz parecer magra, ou um espelho arredondado como uma bola de cristal que nos faz parecer gorda. De vez em quando pensamos em ser algo que não somos. Somos nossos próprios julgadores, nossos próprios deuses, pois quem pode nos conhecer melhor do que nós mesmos? Os outros espelhos. Os outros espelhos nos dirão quem somos se não pararmos para nos conhecermos de verdade. É fácil nos julgarmos. É fácil dizer que pensamos de um jeito puro, mas agimos rudemente e o que conta são nossos sinceros sentimentos. Mas quando pensamos em coisas ruins e maldosas e não colocamos em prática, dizemos, na maior hipocrisia, que nos controlamos para não fazer alguma besteira, e que, se não fizemos, não conta, fomos fortes! Um julgamento justo!
Temos que exercitar nossas almas. Temos que ser puros nos pensamentos e nas atitudes. Não, ninguém aqui é perfeito, mas se continuarmos com esse pensamento, nunca seremos mesmo. Só exercitando, nos esforçando para chegar o mais próximo da perfeição.
E o que é perfeito? Ajudar os outros quando puder, se preocupar com o equilíbrio da vida, querer manter a magnitude perfeita, o ciclo perfeito. Um ajudando o outro a ser feliz, uma roda de felicidade.
Isso é se refletir e se libertar! O que geralmente acontece é alguém vir nos libertar e não nós mesmos. Muitos já devem ter batido na mesma tecla, mas o que quero dizer é que somos seres com várias portas.
Arrebente as correntes que prendem as mãos de seu irmão. Perceba que ele pode estendê-la a quem precisa se levantar ou pode socar e apunhalar o primeiro que estiver pela frente.
Arrebente as correntes que prendem os pés de seu irmão e perceba que ele pode caminhar pelo mundo ou pisar nos que estiverem em seu caminho.
Somos uma rede! Um liberta o outro. Temos tudo dentro de nós, mas não quer dizer que usaremos tudo! Momentos esforçados pedem medidas esforçadas e são nesses momentos que descobrimos a quem levantar a mão e a quem entregar uma flor, a quem devemos chutar e a quem devemos correr para ajudar.
Coloquemos um espelho a nossa frente e veremos um ângulo. Coloquemos vários, de diferentes posições e formatos, e veremos outros ângulos. Um espelho visto de cima transfere uma imagem diferente para o espelho da frente. Assim como acontece com quem nos liberta.
Várias pessoas passam por nossas vidas com pontos de vista diferentes. Libertam nossas mãos esperando um carinho, e por um momento fazemos um carinho. Não sabemos o que fazer com aquilo que libertamos e se alguém está nos auxiliando a fazer de um modo, por que não fazer?
Percebemos que nossos carinhos são ásperos, ou que não temos vocação para apunhalar alguém. E tomamos rédea da situação. Agradecemos eternamente a quem nos libertou, mas nos afastamos dessas pessoas amigas, tomamos rumos diferentes.
Espelhos diferentes, diferentes pontos de vista, mas sabemos quem somos... Ou será que não?
Ano passado passei por uma prova de fogo. Não consegui correr e sabia que tinha capacidade. Tudo por uma pessoa. Mas como eu iria correr se essa pessoa não tivesse me dado, para início de conversa, forças para eu arrebentar minhas correntes? E como saberia que tinha tanta força e capacidade se essa pessoa não tivesse me mostrado isso?
Questão de degraus. De escalar.
Mudei muito no curso também. E a primeira pedra é sempre mais difícil para alguém que nunca escalou. E não podemos julgar os outros por não saberem escalar. Temos que auxiliar para que não caiam, dar apoio, mas deixar que escolham suas próprias montanhas... Infelizmente, as pessoas não dão idéias, mas impõe. E isso faz com que as pessoas não trabalhem seus dons, as tornam incapacitadas... Por um tempo!
Mas quem disse que o tempo pára? Quem disse que os outros de fato pararão para ajudar a escalar? Se não mostrarmos o lado bom das pessoas, se não auxiliarmos... Por que ela veria isso como verdade? Nunca lhe foi apresentada outras opções. E SOZINHA será difícil chegar a uma conclusão. Somos NÓS totalmente responsáveis pela próxima geração.
Por essas e outras, decidi me mexer a um tempo. E quando havia uma prova de fogo, eu sempre saía por cima. E uma hora acabamos quebrando a cara e percebemos que algumas coisas eram mais sérias do que pensávamos.
Algumas pessoas disseram para eu desistir. Mas não “dei o braço a torcer”. Porque, por mais que me mostrem que estou ERRADA, sei que não estou. Porque está em mim querer aquilo! Então me dirão que nasci errada? Só porque não segui o conselho de alguém? Só porque recusei uma opção que não servia para mim? Me condenarão por eu querer me encontrar e encontrar meu caminho?
Boa noite! :*
Sabe, gente... Um amigo meu me fez ver o quanto mudei. Não que ele saiba que fez isso, mas eu sei. Conversando com ele reparei como estava descrente. Será que isso tem a ver com “crescer”? Algumas coisas me deixaram mais ativa, mais consciente de que precisamos tomar iniciativa e não ter tanta esperança, não se deixar esperar que “na hora certa as coisas virão”... Fazer e acontecer.
Claro que estamos toda hora mudando de acordo com as circunstâncias que nos surgem, mas tem sempre a gota da água, que é a grande revolução, onde damos a louca com aquilo que já não conseguimos engolir. E acho que o tempo que fiquei engolindo a força o que não podia mais acabou. Hora de dizer não, dar um basta e botar tudo pra fora.
E o que seria de mim sem meus amigos? Amigos que me deram estimação, que me animaram... Aqueles amigos que nos libertam!
É! Esses amigos que nos fazem perceber que temos grandes qualidades adormecidas dentro de nós e que acordam elas para nós... Nós, que temos medo de despertá-las e ver a fúria, e não conseguir controlar...
Quando eu era criança, me achava mais inteligente, sábia, esperta... Mas com pureza! Hoje me acho mais inteligente, sábia e esperta pela maldade! Mas... Desconfiança é sinal de esperteza? Desconfiar da palavra de pessoas sinceras e raras só porque outros já te magoaram? Isso parece sábio? E o mais importante: parece certo?
As pessoas podem apontar todas as coisas em você, mas se você nunca se olhar no espelho, nunca saberá como é de verdade. Precisamos refletir. Não basta olhar para o espelho, aquele vidro refletor luminoso... Temos que olhar para nós como um todo. Um
ser que respira, tem brilho nos olhos... Que tem um coração ainda pulsante! Não apenas uma imagem, apenas mais um rosto. Temos que trabalhar na Terra sem vaidade.
Hora de nos conhecermos para que não haja enganos nos espelhos.
Sim, nem sempre o que vemos nos espelhos somos nós. Às vezes é o espelho sujo, quebrado, rachado, para dentro como uma colher que nos faz parecer magra, ou um espelho arredondado como uma bola de cristal que nos faz parecer gorda. De vez em quando pensamos em ser algo que não somos. Somos nossos próprios julgadores, nossos próprios deuses, pois quem pode nos conhecer melhor do que nós mesmos? Os outros espelhos. Os outros espelhos nos dirão quem somos se não pararmos para nos conhecermos de verdade. É fácil nos julgarmos. É fácil dizer que pensamos de um jeito puro, mas agimos rudemente e o que conta são nossos sinceros sentimentos. Mas quando pensamos em coisas ruins e maldosas e não colocamos em prática, dizemos, na maior hipocrisia, que nos controlamos para não fazer alguma besteira, e que, se não fizemos, não conta, fomos fortes! Um julgamento justo!
Temos que exercitar nossas almas. Temos que ser puros nos pensamentos e nas atitudes. Não, ninguém aqui é perfeito, mas se continuarmos com esse pensamento, nunca seremos mesmo. Só exercitando, nos esforçando para chegar o mais próximo da perfeição.
E o que é perfeito? Ajudar os outros quando puder, se preocupar com o equilíbrio da vida, querer manter a magnitude perfeita, o ciclo perfeito. Um ajudando o outro a ser feliz, uma roda de felicidade.
Isso é se refletir e se libertar! O que geralmente acontece é alguém vir nos libertar e não nós mesmos. Muitos já devem ter batido na mesma tecla, mas o que quero dizer é que somos seres com várias portas.
Arrebente as correntes que prendem as mãos de seu irmão. Perceba que ele pode estendê-la a quem precisa se levantar ou pode socar e apunhalar o primeiro que estiver pela frente.
Arrebente as correntes que prendem os pés de seu irmão e perceba que ele pode caminhar pelo mundo ou pisar nos que estiverem em seu caminho.
Somos uma rede! Um liberta o outro. Temos tudo dentro de nós, mas não quer dizer que usaremos tudo! Momentos esforçados pedem medidas esforçadas e são nesses momentos que descobrimos a quem levantar a mão e a quem entregar uma flor, a quem devemos chutar e a quem devemos correr para ajudar.
Coloquemos um espelho a nossa frente e veremos um ângulo. Coloquemos vários, de diferentes posições e formatos, e veremos outros ângulos. Um espelho visto de cima transfere uma imagem diferente para o espelho da frente. Assim como acontece com quem nos liberta.
Várias pessoas passam por nossas vidas com pontos de vista diferentes. Libertam nossas mãos esperando um carinho, e por um momento fazemos um carinho. Não sabemos o que fazer com aquilo que libertamos e se alguém está nos auxiliando a fazer de um modo, por que não fazer?
Percebemos que nossos carinhos são ásperos, ou que não temos vocação para apunhalar alguém. E tomamos rédea da situação. Agradecemos eternamente a quem nos libertou, mas nos afastamos dessas pessoas amigas, tomamos rumos diferentes.
Espelhos diferentes, diferentes pontos de vista, mas sabemos quem somos... Ou será que não?
Ano passado passei por uma prova de fogo. Não consegui correr e sabia que tinha capacidade. Tudo por uma pessoa. Mas como eu iria correr se essa pessoa não tivesse me dado, para início de conversa, forças para eu arrebentar minhas correntes? E como saberia que tinha tanta força e capacidade se essa pessoa não tivesse me mostrado isso?
Questão de degraus. De escalar.
Mudei muito no curso também. E a primeira pedra é sempre mais difícil para alguém que nunca escalou. E não podemos julgar os outros por não saberem escalar. Temos que auxiliar para que não caiam, dar apoio, mas deixar que escolham suas próprias montanhas... Infelizmente, as pessoas não dão idéias, mas impõe. E isso faz com que as pessoas não trabalhem seus dons, as tornam incapacitadas... Por um tempo!
Mas quem disse que o tempo pára? Quem disse que os outros de fato pararão para ajudar a escalar? Se não mostrarmos o lado bom das pessoas, se não auxiliarmos... Por que ela veria isso como verdade? Nunca lhe foi apresentada outras opções. E SOZINHA será difícil chegar a uma conclusão. Somos NÓS totalmente responsáveis pela próxima geração.
Por essas e outras, decidi me mexer a um tempo. E quando havia uma prova de fogo, eu sempre saía por cima. E uma hora acabamos quebrando a cara e percebemos que algumas coisas eram mais sérias do que pensávamos.
Algumas pessoas disseram para eu desistir. Mas não “dei o braço a torcer”. Porque, por mais que me mostrem que estou ERRADA, sei que não estou. Porque está em mim querer aquilo! Então me dirão que nasci errada? Só porque não segui o conselho de alguém? Só porque recusei uma opção que não servia para mim? Me condenarão por eu querer me encontrar e encontrar meu caminho?
Boa noite! :*
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