Era uma vez um navegante que havia nascido das estrelas, uma linda e cintilante família.
Um dia ele conheceu a Lua e se apaixonou por ela. Estava com dois corações: deixaria as estrelas para ficar junto a Lua ou deixaria a Lua para ficar junto as estrelas?
Todas as noites as estrelas estavam lá. A Lua às vezes estava, às vezes não, às vezes aparecia pela metade... Mas as estrelas sempre estavam lá. Todos ao seu redor diziam para escolher quem sempre esteve ao seu lado. Mas ele já sabia o que esperar das estrelas. E talvez exatamente por isso, ele sentia a vontade que todo navegante tem de ir descobrir o novo.
Seus instintos escolhiam a Lua. Sua razão escolhia as estrelas. Deveria ele trocar o certo pelo duvidoso? Pensou, racionalizou e racionalizando se deu de conta que a razão era algo que ele havia aprendido. E se aprendeu, levaria consigo onde fosse. Já instintos não se aprendem. A razão existe para nos proteger da impulsividade. Mas nenhuma resposta racional poderia responder o por quê de ele se sentir atraído pela Lua. Então finalmente decidiu: escolheu a Lua.
A partir daí, as estrelas viraram mapas para que ele não desviasse nunca do caminho correto durante suas viagens. E a Lua não só controlava suas marés como sempre o surpreendia em suas fases.
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