terça-feira, 17 de abril de 2012

Histórias do Dia-a-Dia IV

Ai, ai... Adolescentes! Aquela coisa mal (in)formada. Sempre cheios de dúvidas e curiosidades... E geralmente a maioria das dúvidas e curiosidades se baseiam em “como seduzir o sexo oposto”. Ainda bem que existem revistas femininas.

Pasmem, meninos, mas as revistas femininas não servem apenas para falar de moda, cantores, testes idiotas, signos e filmes. Eu, particularmente, lia W.I.T.C.H. que era uma revista com HQ. E, claro, na maioria das matérias, se falava sobre luas, amuletos, símbolos celtas, etc... Mas há quem lia a Capricho. Não sei como anda agora, mas no meu tempo elas eram voltadas ao público adolescente e pré-adolescente. Inclusive, outra revista (Atrevida) foi alvo de críticas por comportar dois grupos, afinal de contas, quem era pré-adolescente, ficava sabendo de certas coisas antes de se tornar adolescente. Então fizeram outra revista (Atrevidinha) com temas mais ingênuos. Pois bem, voltando a Capricho da minha época, ela era recheada desses temas “superiores”.

Muitas meninas da escola aprenderam certos truques com as revistas (porque é mais prático do que conversar com a mãe, é claro) que abordavam temas como menstruação, sexo, gravidez, sexo, masturbação, sexo, drogas, sexo, que profissão seguir, sexo oral, beijos calientes...

Pois bem, é aí que começa a história. Sim, essa história começa com sexo oral e beijos calientes.

Acontece que uma menina (e eu vou chamar de menina para não expô-la) decidiu ler dicas de sedução e carícias excitantes... E lá estava marcado em um item: - No sexo oral, você pode incrementar com um chiclete: além de deixar um gostinho bom na boca, o rapaz vai adorar a sensação de “duas linguas”.

Ai, ai... O que seria das meninas sem essas revistas instrutivas? Elas leem e tudo parece tão fácil, bonitinho, sexy... Pois bem... A menina então decidiu que no dia seguinte ia surpreender o carinha que ela gostava (até porque oral não engravida e você ainda pode dizer para sua mãe “sou virgem” sem culpa nem remorso de estar mentindo). Então, a Fominha, que nem tinha colocado o chiclete na boca e já tava pensando em chupar pirulito, encontrou o carinha que ela gostava no corredor da escola e perguntou se ele ia ficar em casa depois da aula.

Pronto. Tava tudo armado (literalmente, se é que me entende) e depois da escola a menina foi lá na casa dele... Então o clima começou a esquentar! Ela pegou seu chiclete discretamente e “caiu de boca”. Então a coisa começou. Mas... Ela não estava sentindo tanto desejo naquilo, então cada vez que ele empurrava, ela abria a boca e ia para trás. E numa dessas o chiclete cai nos pentelhos do rapaz. E de repente, ela começou a gostar sem o chiclete para incomodar.

A menina começou a chupar, puxar, mordiscar... E o chiclete se enrolando cada vez mais... Lá!

Que momento agonizante. O rapaz não sabia se tirava a menina ou se deixava. Mas logo, logo a menina se deliciou com uma substância líquida que até hoje preferimos acreditar que era o recheio do Babaloo e tudo acabou. Ela saiu sorrindo maliciosamente e disse “até amanhã”.

E o menino ficou com aquela porra sem açúcar grudada no saco! Pelo menos, se a menina desse brecha pra penetração, o cara não precisaria se preocupar com camisinha. Só ia ficar estranho um pênis rosa, mas e daí? Vagina não tem olho mesmo. Manda ver! \o/ Como ela não deu brecha pra penetração e partiu logo em seguida, ele foi para o quarto muito puto, pegou uma tesoura e tirou aquilo fora (o chiclete!...) e para deixar tudo parelho, pegou o aparelho de barbear do pai e raspou tudo.

E começou a dar coceira.

E começou a incomodar.

Foi para o quarto fazer massagem no amigo sofrido, quando seu pai chegou em casa... Com vontade de fazer a barba.

E o aparelho estava cheio de pentelho. O que fazer? Ele se trancou no quarto e começou a rezar, quando no auge dos seus arrependimentos uma luz o ilumina. Era a janela do quarto que estava aberta. Ele então decidiu sair pela janela e voltar apenas quando tivesse inventado uma boa desculpa por ter usado o aparelho de barbear. Mas no momento do pulo ele escorregou batendo com o saco na janela e gritou: AAAAAIIIIIIIIIIII!

Seu pai arrombou a porta do quarto, o viu na janela e o cenário já estava montado para que a verdade fosse dita. Mas quando o pai perguntou o que tinha acontecido, o rapaz apenas respondeu: DOR NO SACO. E caiu.

Ele nunca mais quis saber de chiclete, nem de boquete, nem de se barbear e aprendeu a fugir sempre pela porta.

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