domingo, 27 de dezembro de 2009

Fim de Ano e Um Recado!

Eu nunca tive um professor formado em Arte. Tive professores preenchendo carga horária. Tive professores que achavam que recortar, amassar e colar papel crepom era coisa de Ensino Médio e não de alunos do primário que tem que treinar a coordenação motora. Tive professores que davam a mesma tarefa “artística” para todos e não estimulavam criatividade nenhuma, pois era o aluno que tinha que se adequar aquela arte. “Não tá bom. Observe como os outros estão fazendo e faça como eles.” Imite os outros? Isso não me parece Arte! É claro que Arte exige certa disciplina e dedicação, mas desenhar uma bruxa sem significado só porque é Dia das Bruxas e não procurar algo mais profundo? Poucas vezes acertaram, como a vez em que a tarefa era fazer uma música. Algumas realmente surpreenderam, outras foram somente engraçadas... Mas foi uma das poucas vezes que vi alguns alunos se empolgarem. Isso que eu só estou falando das aulas de Arte. Porque vi alguns possíveis artistas, filósofos, biólogos morrerem dentro da sala de aula mesmo.

Tive aulas de Religião disfarçadas de Filosofia. Textos espirituais filosóficos, sabe? E algumas vezes (poucas, não vou negar) recebi uma correção para minha resposta pessoal, aquelas questões do tipo “na sua opinião”, sabe? Na minha opinião, nada! “Responde o que te ensinei a responder, guria!” Claro, isso tudo dito de um jeito amável e carinhoso...

Nunca fiz uma experiência no laboratório da escola. Aliás, tínhamos que copiar desenhos e textos do livro de biologia que levávamos pra casa. Era nosso por um ano, podíamos consultá-lo a hora que quiséssemos! Mas não, tínhamos que perder tempo na aula escrevendo um conteúdo que tínhamos em mãos só para “ter no caderno”. Como se o importante não fosse ter na cabeça. “Pode não ter o conhecimento na cabeça, mas pelo menos o colocou no caderno, então tudo bem.” Eu não fazia mesmo! E quase reprovei por isso! Ia às aulas, me comportava bem, passava nas provas... Mas não fazia esse tipo de tarefa, notável que é só “encheção de linguiça”.

Mas o que mais me irrita nisso é que os professores colaboram com os alunos nesses pensamentos “nunca vou usar isso”. E não dão motivos, não dão argumentos, não dizem é importante... Simplesmente dão um risinho! Na sua cara! E sabem por quê? Porque eles também não sabem o que estão fazendo!!! E como um aluno vai se espelhar ou valorizar o ensino se ele mesmo aprisiona o aluno?

Vejo gente que estudou comigo dizendo que não dá pra ter relações sexuais no período menstrual por contrair uma doença através do sangue. Vejo gente que estudou comigo escrevendo “arreceim” e “derrepente” e que não sabem que o M vem antes do P e B.  Até hoje não sei encontrar o valor de x. Só o do cardápio!

E aí eu pergunto: valeu a pena fazer aqueles exercícios repetitivos e chatos? Valeu a pena descobrir depois de alguns anos que se foi feito de bobo, que se acreditou numa mentira porque não sabia como as coisas funcionavam (já que nunca ia usar aquilo mesmo)?

Eu vejo tanta gente ignorante por aí: no cabeleireiro falando que se cortar as pontas do cabelo, ele cresce mais; em e-mails falando que a cada compartilhamento de uma foto, 05 centavos serão doados para uma pessoa necessitada; no mercado falando que manga e leite dão dor de barriga; na delegacia falando que fulana foi estuprada porque estava de roupa curta; na rua falando que fulano está gripado porque se molhou na chuva... Enfim, gente deixando de fazer ou fazendo coisas por pura ignorância! Fora assuntos polêmicos, porque o que eu citei “não é grande coisa”, mas é assim que começa: uma burrice inocente aqui, outra ali, e pronto, você está de mãos atadas achando que sua atitude é boa... Como na escola! E era esse o ponto que eu queria chegar! O mundo está a merda que está porque não damos valor ao conhecimento e, pior, somos ensinados a isso. Mas e o pior do pior: Essas palavras já não atingirá muita gente justamente por acharem que não tem nada a ver com conhecimento. E também porque muita gente tem preguiça de ler.

Então fica o meu recado: Se vocês estão agindo bem, por que o mundo está mal? Reflitam! Um beijo e até ano que vem.

domingo, 29 de novembro de 2009

A Princesa Invejosa


Era uma vez, duas princesas que moravam nas torres mais altas do castelo. Uma era invejosa e a outra era muito bondosa. Cada uma tinha um papagaio, um presente do seu pai, o rei.

A princesa invejosa sempre invejava a irmã bondosa e dizia: - Você é querida, todos te adoram, mas não consegue nem manter o papagaio dentro da gaiola, se ele gostasse de você não ficaria fugindo.

Mas o que ela não sabia era que a princesa bondosa soltava o papagaio todos os dias pela manhã, pois não achava justo ele ficar engaiolado o tempo todo. Ele saia e sempre voltava com uma pedra preciosa ou uma linda flor para a princesa. Ele descrevia lindas paisagens, com cachoeiras, descrevia o cheiro de terra molhada, descrevia as cores das flores que encontrava, e de como o arco-íris brilhava atrás das colinas. A princesa sempre ficava feliz sabendo que havia coisas tão belas lá fora.
Enquanto isso, o papagaio da princesa invejosa sempre ficava preso. Ela nunca deixava ele sair e como ele não via coisas novas, os assuntos eram sempre os mesmos.

Ela perguntava: - Não é óbvio que sou mais inteligente que minha irmã?

E o papagaio respondia: - Claro!

E ela ainda perguntava: - Não é verdade que sou melhor que minha irmã?

E o papagaio respondia: Claro!

E assim eram as conversas que tinham. Sempre a princesa querendo ouvir elogios do pobre papagaio engaiolado.

Enquanto isso, o quarto da princesa bondosa estava ficava cada vez mais enfeitado pelos presentes que o papagaio trazia. E um dos presentes preferidos dela, era um lindo diamante que brilhava em diversas cores.

Em uma noite de festa, a princesa bondosa usou o diamante.

Sua irmã, como sempre, invejou e perguntou: De onde você tirou esse diamante?
A princesa bondosa respondeu: - O meu papagaio me trouxe.

Imediatamente a princesa invejosa foi até o quarto da irmã e quando entrou se surpreendeu com as belezas que haviam no quarto! Abriu a gaiola e levou o papagaio para a sua torre. A princesa bondosa voltou para o quarto e viu que a gaiola estava aberta. Ficou triste, pois o papagaio havia ido embora sem nem ao menos se despedir. Então foi para a torre da sua irmã perguntar se ela não havia visto o papagaio.

A princesa invejosa se apressou em responder que o único papagaio que estava no quarto era o dela e que a irmã estaria confundindo porque eles eram iguaizinhos. Ela ainda disse: - Ele fugiu de você porque você é chata. Mas a princesa bondosa nem ouviu, pois estava chocada ao ver como era o quarto da sua irmã: Sem brilho, as paredes eram escuras, não havia perfume de flores. Então ela foi para o seu quarto chateada pelo sumiço do papagaio.

A princesa invejosa soltou o papagaio da sua irmã e ordenou que ele trouxesse presentes para ela também, porém o papagaio se recusava e cantava:

“Menina mimada,
não vai ganhar nada!
Solte o seu papagaio,
ele não é seu lacaio!”

A princesa invejosa respondeu: - Eu não solto ele porque ele vai fugir de mim e quem vai ficar me elogiando? Vá você!

E o papagaio cantou:

“Se você tratar ele bem,
ao fim do dia ele vem.”

Mas a princesa invejosa continuou: - Se você não for, nunca mais vai sair dessa gaiola!
O papagaio então fingiu que iria buscar presentes para ela e quando ela o soltou, ele foi voando para o quarto da princesa bondosa e contou tudo o que aconteceu: contou que o prendera, e que não cuidava bem do seu papagaio. A princesa bondosa então foi até o quarto da irmã e a encontrou chorando com a gaiola aberta.

- O que houve, irmãzinha? -  perguntou a princesa bondosa.

A princesa invejosa respondeu: - Soltei meu papagaio para me dar presentes como faz o seu, mas ele fugiu! Agora eu não tenho mais nada!

A princesa bondosa respondeu: - Mas eu não solto meu papagaio para me dar presentes. Eu solto porque o amo. E ele traz o que encontra porque me ama. Eu nunca pedi a ele que me trouxesse nada!

A princesa invejosa chorou pela perda do papagaio, chorou até pegar no sono. Quando acordou, viu seu papagaio com uma linda flor no bico... A mais bela que a princesa já tinha visto.

Ele disse: - Desculpe a demora, é que eu queria te dar um presente melhor que o da sua irmã. Agora ela vai te invejar também.

Então a princesa envergonhada percebeu que o melhor presente que o papagaio trouxe não havia sido a flor mais bela, mas sim a felicidade compartilhada.

Não eram as pedras ou as flores que deixavam o quarto da sua irmã bonito. Era o amor e a amizade que havia nele.

E a partir desse dia, os papagaios saíam juntos, enquanto as princesas trocavam e compartilhavam presentes. E como o seu coração estava cheio de amor, a inveja foi embora, pois não havia mais espaço para ela no coração da princesa.


P.S.: Quando eu era criança, meu pai às vezes pedia personagens que queríamos na história que ele criaria antes do meu irmão e eu dormirmos. Eu pedi que a história tivesse uma princesa e um papagaio, por conta de uma fita cassete da série do Aladdin que minha mãe havia comprado. Ele contou uma história que não lembro, mas tenho quase certeza que era de amor, onde um príncipe e uma princesa usavam um papagaio como meio de comunicação. Hoje eu estava nostálgica. Nasceu uma linda menina na minha família nesse mês de novembro e pensamentos da infância vieram a tona. Então decidi escrever essa história e misturei alguns elementos: personagens de uma história esquecida, mas que registra o sentimento de amor; e adaptações, para lembrar que o amor está em todas as gerações.

sábado, 28 de novembro de 2009

Ilusão

Quando?

Um dia.



Um dia...

Dois dias...

Outro dia...

Mais um dia...

Mais um outro dia...

Mais...

...Um dia.



Um dia.

Espero.



Um dia.

Ainda espero.



Um dia.

Espero...



Um dia.

Vai chegar...

um dia.



Um dia.

Demora.



Um dia.

Estranho.



Um dia

Espero.



Um dia

passou?



Um dia

Esperei.



Um dia.

Não chega?



Um dia.

Não basta...



Um dia...



Nunca chegou.



Mas um dia

chegará o dia

que mostrará

que os dias

não foram em vão...



Quando?

Um dia.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Queen N8

A jovem rainha estava na sua torre cor de laranja, rabiscando em uma folha letras, números, desenhos e símbolos numa brincadeira de autoconhecimento, para se desbloquear, se autodeterminar em código para estar em todo o lugar a qualquer tempo, para ficar na lembrança, para ficar em alguém.

Enquanto rabiscava no papel, escrevia o quanto havia mudado...

Foi uma princesa de vestido rodado cor-de-rosa, depois uma boba-da-corte que fazia os amigos morrerem de rir, mais tarde virou uma serva do palácio, forte, que aturava desaforos porque sabia que a discussão não seria justa, então virou guerreira que acordava lutando contra o tempo... Não tinha saudade do vestido rodado. Era como se ela tivesse usado ele ontem.

E foi então que ela percebeu que não havia deixado de ser uma coisa para ser outra. Ela era todas. Tudo estava dentro dela. Ela era o universo em expansão.

A jovem rainha para com os rabiscos indecifráveis de outra língua, e vai sair da linda e alegre torre... Que a aprisiona. Aprisiona seus segredos, seus sentimentos e pensamentos...

Olhe, a chave está por dentro!

Take your keys, young Queen.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PRESa no PRESente

Ela via uma criança. A menina a observava.
Ela, uma jovem adulta, ouvia os risos da menina, sua voz infantil, suas brincadeiras puras... E percebeu que a criança era feliz, como ela mesma havia sido feliz.
A criança imaginava, planejava e sonhava com seu futuro. Havia tempo de mais para isso.
Mas o tempo vai passando e as crianças vão crescendo...
O tempo pegou ela de surpresa. Ela já estava no seu futuro. E não havia feito nada daquilo que havia sonhado.
Sonhou com os outros, sonhou com um mundo melhor... Talvez devesse ter sonhado com ela mesma porque era a única responsável pelos seus sonhos. E agora não sabia mais se aquela menina havia sido ela ou se aquela menina ainda morava nela. Parecia tudo tão distante...
Onde, em que travessia, se perdeu a menina? Era como se ela tivesse se perdido na multidão, se separado de sua jovem adulta que ouvia o choro de desespero, mas não conseguia localizá-la.
A criança sempre quis ser bela, certa, corajosa, esperta... E pensava em revolucionar o mundo! E agora ela estava sujeita a qualquer um na multidão.
Depois de tanto caminhar e quase desistir pensando que talvez alguém com mais responsabilidade encontre a criança e supra suas necessidades, ela percebe uma senhora sentada no banco observando tudo. A velha diz "tive duas oportunidades de mudar e não fiz isso, deixei nas mãos dos outros e nunca mais encontrei aquela menina, e eu nem sei se ela ainda está viva..."
A jovem adulta toma consciência de que precisa ser responsável, que não pode apenas sentar e chorar esperando que alguém a encontre e a resgate. Ela que precisa ser a pessoa que encontra e que resgata!
A jovem adulta então sai correndo em meio a multidão. As pessoas pensam que ela está fugindo de algo.
Mas ninguém entende que ela não está correndo porque quer fugir do seu presente. Mas sim porque está desesperada para se encontrar nele.

Simbologia a parte...

Estou num lugar que gosto, numa situação que gosto, mesmo que isso seja um tanto frio e gélido. Há pessoas nesse ambiente que eu gosto. E eu construo meu lar ali... Elas me ajudam. Mas tem uma pessoa que eu não consigo decifrar. Seu sorriso parece irônico. Sorri apenas quando eu sorrio. E cada vez que eu penso que essa pessoa me sorri por pura obrigação ou pena de algo que ela me fez sentir, isso torna o sorriso dela mais cruel e me deixa com mais certeza.
Uma pessoa amiga sai desse meio porque tem outras coisas pra fazer lá fora (e é por essa pessoa que me sorri e por mim). Eu a sigo, afinal, não tem clima pra mim ali. Um beco separa onde estou para onde ela está indo. Quando chego do outro lado do beco, há calor. O tempo está bom, sem neblina, limpo. Quente, onde você pode diminuir a roupa que te esconde. Lá há um templo onde tem um velho sábio que me falará de meu futuro. As pessoas que estavam me ajudando começam a chegar. Mas a pessoa que me sorri ainda está para trás e eu vou chamá-la. Eu digo “oi, amor” e ela me responde “oi, amor” mesmo estando com a sensação de que se eu passasse reto, ela não diria nem oi. Chamo-a. Mas sigo para chamar outras pessoas e levar algumas coisas daquele ambiente frio para o ambiente quente. Mas meu lar ainda está sendo construído no ambiente frio... Mesmo assim vou falar com o velho sábio do outro lado.
Ele fala sobre algo que terei. Procuro características da pessoa que me sorri, mas me apavoro quando percebo que não há nenhuma... Mas paro de procurar características dessa pessoa. Vou olhar se tem características minhas. E me surpreendo que tenha tantas. E me alegro por saber que aquilo, mesmo que não pertença aquela pessoa diretamente, ao menos pertence a mim.

____________________________


Para quem não entendeu, foi um sonho que tive. No sonho, eu tive a sensação de que se tratava mesmo de uma outra pessoa, mas pensando agora, acordada, me pergunto se não seria apenas um espelho refletindo o meu coração. Talvez seja um eu que eu queira resgatar... Ficou confuso, mas vou deixar esse sonho público mesmo assim. Quem sabe LENDO NOVAMENTE, me pareça mais claro...

Mudando de assunto: Ganhei o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante do Festival de Vídeo Estudantil daqui de Guaíba (mas havia pessoas até do Acre). Pena que não tem filmagem da minha primeira reação. Eu não sabia nem para onde ir para pegar o prêmio, fique toda atrapalhada. Realmente não esperava. Será que foi grosseiro da minha parte não ter feito discurso?

:*

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A Miragem

Ela tinha uma foto dele no quarto. Era em preto e branco... mas ela conseguia ver as cores... Imaginar os sons... Os cheiros...
Ela conseguia imaginar como estava lá: se havia vento, se havia sol e se fazia frio.
Ela largou a foto em cima da escrivaninha e saiu do quarto para viver mais um dia.
Ela ainda conseguia ver as cores e sentir o cheiro do gramado.
Ela franzia sua testa pela luz do sol que lá havia, ela sentia um arrepio pelo vento que lá fazia.
Ela conseguia ouvir risos de pessoas que estiveram lá. Ela conseguia imaginar o que teria de almoço naquele dia, naquele lugar...
Ela imaginava de mais. Ela sentia de mais!
Talvez ela imaginasse coisas que não estivessem lá. Talvez ela ouvisse vozes que nunca soaram. Talvez ela tenha sentido algo que nunca tivesse existido.
Mas ela podia sentir bem forte... e parecia que, de repente, havia alguém atrás dela... Ele! Ali, nas suas costas! Atrás dela!
Ela sentia seu perfume, ouvia sua voz.
Ela se virou. E o viu. Ele estava ali mesmo!
Ela encheu os olhos de lágrimas... ele estava ali.
Ela não sabia se devia abraçar. Era tão real... Real de mais para ser verdade...
Ele tinha aqueles olhos? O cabelo dele era assim mesmo?
Será que ela não confundiu ou modificou a imaginação?
Ele estava lá. A camisa se mexia conforme o vento.
Só ela o via. Havia um espaço vazio para onde ela olhava. Mas ela o via.
Ela voltou pro quarto. Ouvia a voz no seu ouvido "O que houve?"
Ela ficou sem reação, paralisou. Ela fechou os olhos. Ouvia sua respiração. Sentia que ele estava ali perto.
Sentia o cheiro dele.
Ela abriu os olhos, se virou para olhá-lo... não havia nada, mas ela o via... com tamanha perfeição, com detalhes. Ela viu seu relógio de pulso. Ela viu a jaqueta preta dele, e cada linha, cada fibra do tecido, cada costura... em detalhes. Real de mais. Ela olhou para a escrivaninha e agarrou a foto.
A voz perguntava em tom preocupado "você acha que não sou real? você acha que não estou aqui?"
Ela espiou a foto.
E ele continuava "me desculpe por fazer isso com você... mas agora estou aqui! você tem que saber o que é real!!"
Ela olhou a foto. Ela veria o que era real... Até sua miragem ordenava que ela visse o que era real.
Na foto, porém, não havia nada de real. Era apenas um papel mentiroso. Era apenas luzes e sombras que foram batidas na folha. O papel não sabia que aquelas gotas de tinta que ele absorvera formava um ROSTO. O papel nem sabia o que era um rosto. A máquina fotográfica não sabia o que eram olhos, nariz e boca.
Era apenas isso. Luzes e sombras jogadas num papel que formaria alguma coisa.
Ela alisava a foto... Lisa. Apenas papel. Apenas cinza, preto e branco.
Ela podia amassar e rasgar... jogar no lixo ou queimar...
E ela ainda podia fazer várias cópias. Sempre sairia o mesmo sorriso, o mesmo nariz, os mesmos olhos... E podia amassar e jogar fora... E fazer muitas outras cópias. E o que aquilo significaria afinal? Era só papel com tinta. Não era ele. Não era real. O concreto, o palpavel não era real. Não tinha cheiro. Não tinha o brilho dos olhos dele. Não tinha som do vento.
Ela se virou novamente para sua miragem. Ele olhava para ela sem piscar, sem saber o que esperar. Ela rasgou a foto e se sentou na cama.
Ele ficou olhando. Ela queria que ele sumisse... real ou irreal. Ela queria que ele apenas sumisse... Mas ele ficava parado olhando para ela.
Ela pensava que mandava na miragem. Mas ela o transformou em algo real. E ela pensava e imaginava que ele estava saindo pela porta ou que ele estava sentido remorso por estar deixando ela louca... mas ele apenas olhava para ela, preocupado. Ela rasgava a foto mais e mais a tal ponto que o correto seria dizer que estava picotando...
Ela olhou para o monte de papel picado, apenas com tinta formando qualquer imagem que tenham ordenado...
Ela olhou para a miragem. Levantou e o abraçou... E disse "viu o que você fez comigo?"
E ele perguntou "Eu fiz? Olha o que VOCÊ ME fez!"
Ela olhava para sua miragem... bem nos olhos!
"Sim, você!"
Ele sorriu...
E a beijou.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

TIC (ping) TAC (ping)...

Como um balde, esperamos até a última gota, até não poder mais, até transbordar... E quando ele transborda ficamos com medo de que não tenha outro balde ou não cheguemos a um lugar seguro para esvaziá-lo a tempo... Ficamos apavorados pensando "por que não esvaziei esse balde antes? agora vai fazer uma molhaçada legal!"
E nos preocupamos com o que vamos acabar molhando, quem se zangará com isso, porque serão muitas pessoas que se zangarão!

Pela nossa distração, terão que passar pela molhaçada, correndo o risco de resvalarem e se molharem também... Tudo porque não esvaziamos o balde antes. Tudo isso porque deixamos que acumulasse água.
Então ficamos com remorso... mas agora não temos mais tempo. É fazer ou não fazer, porque as pessoas vão ficar zangadas e isso não podemos mais mudar.

E a água cai.

E na hora de pedirmos desculpas, na hora de limparmos a água, percebemos que mesmo tendo deixado as pessoas zangadas, colocando-as em risco de se molharem também e de, quem sabe, resvalarem... Nosso chão está mais limpo!

Percebemos que se tivéssemos esvaziado, não deixaríamos as pessoas zangadas, nem colocado em risco de se molharem e resvalarem e a molhaçada jamais aconteceria, e não limparíamos nunca o nosso chão (se não tínhamos tempo para um balde, iriamos ter para o chão?).
E alguém se irritaria com a presença do balde quase sempre vazio no caminho, praticamente sem função de tão vazio... e o chutaria...

Então percebemos como as coisas se encaixam perfeitamente: Não tínhamos tempo para limpar nosso chão. Não limparíamos nunca.
E foi graças ao nosso balde que, de tão cheio, transbordou que finalmente limpamos o nosso chão.
E, finalmente, percebemos como é maravilhoso o tempo.
Paramos e refletimos.
E prometemos que, apesar do benefício causado, vamos tentar esvaziar o balde sempre que possível e limpar constantemente o nosso chão...
Mas assim como o tempo bate nos ponteiros do relógio, as gotas começam a cair e bater no fundo do balde...
Nossa vida é assim e o tempo estará observando tudo. O tempo, invisível, nos faz acreditar que não temos tempo... Mas ele está agindo silenciosamente. Passamos correndo pelo lado dele e ele nos acena, um aceno que não vemos e continua seu projeto, de trabalho, de vida, do nosso futuro...
Ignoramos tanto o tempo e corremos por ele que acabamos dando mais tempo para o tempo ajeitar nosso tempo.
E o tempo que está aqui, é o tempo que estará lá, mais adiante. E ele sorri para nosso desespero, ele sorri ironicamente, porque já tem um plano... Mas não conseguimos ouvi-lo no meio de tanta correria e no meio do som de pingos que caem no balde...


PING


Ele sorri.


PING.


Ele nos sorri.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Em um Giro

Coisas que eu sempre quis e nunca consegui. Sonhei. Imaginei. Viajei. Pirei. E o tempo passou. E tudo aquilo que tinha para dar certo, de repente, foi por água abaixo.

É assustador você confiar na vida, confiar nas pessoas, confiar que tudo está interligado e no momento em que acontecerá o seu desejo feito a uma estrela cadente, tudo começa a girar pro lado contrário. É como se você quisesse, ansiava por aquela hora e, de repente, depois de tanta espera, os ponteiros do relógio começam a girar em sentido anti-horário. E você não sabe o que fazer.

É assustador quando tudo começa a se distorcer. É assustadora a sensação de que o chão não te sustenta a atmosfera não te prende. E que o mundo está desabando.

E é um momento sem fim. A Terra está se ajeitando. O chão se fazendo forte e a atmosfera se renovando... E ninguém parece ligar. Isso torna as coisas muito mais assustadoras. O mundo virou de cabeça para baixo e todos continuam andando, sorridentes e felizes. Só você está sem chão para cair e sem direção para voar. E parece que ninguém repara.

Você pensa que é um pesadelo e que logo vai passar... Mas passam-se dias e você continua de cabeça para baixo. E todos passam. E todos andam, sorridentes.

E você já começa a pensar na possibilidade de chamar a morte para te levar desse sem fim, pois você está tão do avesso que pensa que o eterno, o interminável é a vida que está levando.

É aí que você percebe que a vida é passageira e imperfeita. E percebendo isso, quase  que instantaneamente, a gravidade se reativa. E você cai. Finalmente um lugar para andar. Como os outros. Mas com a sensação e a leveza de ainda estar flutuando.

E você começa a andar procurando pelo tempo perdido. E o mundo a sua volta volta a te sorrir. E você segue... Com novas flores, novos perfumes... E pensa que talvez esse caos tenha preparado novidades para você... Ou que a calmaria sempre esteve na pureza do seu coração.

E você volta a andar feliz e a passar por pessoas que agora estão flutuando e gritando em um mundo de cabeça para baixo.

"Meu coração puro é meu refúgio
Nele te vejo, nele te ouço
Nele te toco, nele te sinto"

domingo, 18 de outubro de 2009

O Universo Conspira

Vocês já tiveram a sensação de ter encontrado alguém por quem você esteve esperando desde, sei lá, sempre?  É a pessoa que tu sempre amou, antes de vê-la concretizada no mundo, antes de vê-la fisicamente... Já tiveram essa sensação? Porque se tiveram gostaria que me esclarecessem um coisa: tá, você esperou por essa pessoa, contou os dias para encontrá-la, sonhou com ela, mas enquanto você estava sonhando, você não fez acontecer e quando se deu de conta, o tempo passou. Minha dúvida é a mesma da Sandy.

Se um coração diz que sim a paixão
Como pode o outro dizer não?

Ok, minha dúvida não é essa. Minha dúvida é se tem como voltar no tempo, parar de sonhar, descer das nuvens para a terra e contar a essa pessoa que a amo e que ela não está imaginando coisas, que ela pode confiar. Tem como fazer isso?

Espero que a direção que o universo está tomando um dia se curve de tal modo que acabe indo de encontro aquele tempo. É a única coisa que consigo imaginar. O universo não ia fazer essa sacanagem comigo. De colocar duas pessoas que precisam se encontrar de costas uma para a outra.

Espero que seguindo nossos caminhos, um rumo ao sul, outro rumo ao norte acabemos, andando em linha reta, nos encontrando no outro lado do mundo.

sábado, 17 de outubro de 2009

Fogo Selvagem e Ingênuo

Um fogo. Minha chama de vida. Meu amor. Queima e queima, quer se incendiar. E quer se mostar como é bonito fogo, como brilha... Ilumina, aquece e dança diante de seus olhos...
Enche o espaço vazio de fumaça. Deixa a razão embaçada, enfumaçada... Poluí a razão.
O homem encomodado joga líquidos. Atitudes. Diferentes líquidos, mas ainda assim liquidos. Atitudes diferentes, mas ainda assim atitudes.
Indiferença, o reverso do amor. Despreocupação com o fogo. Deixar queimá-lo sabendo que vai apagar...
Mas o homem não consegue fazer isso. O fogo é lindo! Desperdício de tamanha beleza... Quer ficar observando... Não. Ele está poluindo. Melhor parar.
Jogar líquidos impuros. O fogo busca compostos inflamáveis... Ele procura um composto que indique amor. Ele procura qualquer coisa que indique que se importam com ele. Ele se alimenta no Sarcasmo, ele se alimenta no Silêncio, ele se alimenta no Constrangimento... Porque não tem como aquilo ser totalmente água. Tem algo escondido no Sarcasmo, no silêncio e no constrangimento, entre tantos outros líquidos...
Água pura, cristalina, água impactante sobre o fogo... Cadê a pureza? Onde estão os sentimentos sinceros?
Chute a lenha. Chute a base, chute aquilo que sustenta o fogo... Deixe que ele se acabe... Você não tem coragem porque você é a base da qual meu fogo consegue tirar sustento...
Quando vocÊ faíscou, eu nasci.
Queimando e queimando... esperando por uma chuva que não vem... e me alimentando de suas atitudes impensadas...
E até agora não apagou. Não tornou-se cinzas...
Não morreu... E o fogo continua ardendo... Lindamente... ARDENDO!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Presenteando com cores!

É sempre bom sabermos o gosto da pessoa que vamos presentear para não errarmos. Mas caso não saibamos a cor favorita da pessoa, podemos escolher uma cor com significado (ou quem sabe prestar atenção as cores com que nos presenteiam).


Vermelho:
significa paixão ardente, atitudes espontâneas e desejos incontroláveis.

Laranja: significa amor selvagem e ingênuo.

Amarelo: significa perdão pelos erros humanos e reconciliação.

Verde: significa honestidade, integridade, racionalização das emoções.

Azul: significa conhecimento, liberdade de expressão e paciência.

Roxo: significa consciência, sabedoria, cautela, imprecisão, autocontrole.


Rosa: significa cuidado, atenção, carinho e proteção.

Preto: significa revolução, renovação, esperança e fé.

Branco: significa aperfeiçoamento.

Cinza: significa tentar, exigir de si mesmo, medo, importância.


Caso tu me apareça com essas cores moderninhas do tipo vermelho-telha, azul-da-noite, gelo e etc, faça a junção de duas cores... Já que tu é tão perceptível a essas cores deve saber que se misturar vermelho com uns pingos de preto dará em bordô (vermelho-telha)... Então veja o significado dos dois e combine. Ou vá te ferrar com teu azul-piscina. Haushuashua!
:*

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Instante I

Hoje,
Viajei pelo céu limpo
Brinquei com estrelas cintilantes
Conheci paisagens belíssimas

Hoje,
Deslizei por entre o mar calmo
Ofusquei-me com o sol radioso
Corri por colinas verdes

Hoje,
Escalei a montanha mais bela
Respirei o ar mais puro
Naveguei pelo rio mais caudaloso

Hoje,
Descobri um sentimento e
Senti um descobrimento
Pensei em me apaixonar e
Me apaixonei de pensar
Quis retornar e
Retornei a querer

Hoje,
Compreendi sem entender e
Entendi sem compreender,
Voei sem decolar e
Decolei sem voar
Iludi-me com um amor e
Amei uma ilusão

Hoje,
Vi novos mundos
Lindos rochedos
Grandes horizontes
Maravilhosas praias

Hoje,
Pensei e agi
Corri e parei
Vivi e morri
Ri e chorei

Hoje,
Lembrei de muitos
Sem que se lembrassem de mim
Olhei a todos
Sem mesmo que um me olhasse

Hoje,
Fui um grande milionário
Fui um famoso herói
Fui rei de um império
Fui dono de todo o mundo

Hoje, houve tudo isso porque

Hoje, olhei tua fotografia.


(Sérgio. M. S. Saez)
___________________________

Escrito em 1976.
Roubei do caderno de poemas do meu pai.
Ele escreve bem, né?

Boa quarta-feira!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sol de Amor

E quando eu soube que tinha achado alguém especial, me deu MEDO. Como alguém pode ser tão... Perfeito!? Como alguém pode usar, de acordo, coração e mente? Como alguém pode ser tão estranho e tão simples? Como alguém pode ser tão adulto e tão louco? E tudo isso misturado... em grande harmonia!
Sim, eu senti medo. Não sabia se queria te conhecer. E é assim que esta história começa...:

O medo me sussurrava "Olha como ele é perfeito. Você não vai conseguir alcançá-lo... Você o fará infeliz".
E sua voz aumentava. Agora dizia "Pare, você vai se apaixonar!"
Como todo bom medo ele queria me proteger de algo: O amor. É, foi o que eu acabei descobrindo mais tarde.
O medo, de tão medroso, não confia em ninguém, só nele mesmo.
E agora já gritava "Você vai perceber que ele é para você. Você o desejará. Você vai se dar mal quando perceber que não poderão ficar juntos"
Mas o amor chegou de mansinho e o medo se encolheu, com medo. Então o amor se alojou no meu coração. E o medo que sempre me guiou durante toda a minha vida com sua super proteção, fugiu... com medo.
O amor se instalou no coração de uma jovem que tinha sonhos e muitas coisas para fazer. Ele queria comemorar seu novo lar, queria dançar pela sala de sua mais nova casa: meu coração.
O amor queria dançar como o medo fazia antigamente.
O medo se sentia bem em meu coração. Era sua casa. Era só medo! Mas aquela criança chamada amor precisava daquele coração, e então o medo fez suas malas e foi morar onde precisassem de sua super proteção, onde ele pudesse ser só medo novamente.
Mas sem o medo como eu criaria aquele amor sozinha? Seria um amor mimado e possessivo? Será que eu conseguiria amar sozinha?
Agora eu não tinha mais medo, só preocupação com o amor. Mas eu? Sozinha? Cuidar de um sentimento tão frágil, puro, tão lindo...? E então decidi pedir ajuda. E acho que esse foi meu erro. No desespero de não saber amar, finalmente, decidi abrir meu coração!
Então meu coração se iluminou. Você era o sol do lado de fora que trazia lucidez para o amor.

E ele ficava sonhando, imaginando, pensando em se declarar:
- Você aquece meus dias. Quando você some tudo fica mais frio. A noite é bela e você quer que eu olhe para ela também. Mas ela é tão escura... E você tem que brilhar do outro lado do mundo também. Mas quando eu puder te ver EU VOU TE VER. Você, mesmo em momentos de tempestades, quando estás aqui, me faz ver 7 cores no horizonte. Ah, como adoro tua presença... Como te amo!

E o amor via sua luz pela fresta que abri no coração, quando decidi abri-lo.
Mas ele queria mais luz. Então ele abriu mais um pouco meu coração. Mas queria mais luz. E abriu mais meu coração... E então ele viu o seu brilho. O seu brilho do meio-dia. Era encantador! Era lindo, era forte... E isso o deixou CEGO! E o amor começou a chorar e gritar por ajuda com o coração ainda aberto. Estava cego! E outros sentimentos correram para meu coração para socorrer o amor, afinal, em quem o amor se apoiaria agora?
Veio a mentira. Mas ela gostava de brincar com o amor levando ele sempre aos lugares errados. O egoísmo achou uma falta de respeito com o amor e veio ajudar. Mas ele não deixava o amor ser ele mesmo, nunca deixava ele fazer nada porque não queria que se machucasse ou algo de ruim acontecesse... Queria o amor sempre ao seu lado. Então o sarcasmo, com seu humor mais ácido, veio ajudar, mas sempre acabava fazendo o amor chorar e, as vezes, se sentir mal... Depois de tantas ajudas, o amor decidiu que estava na hora de seguir por ele mesmo.
E mesmo cego, continuou sendo amor. O medo, com medo, como sempre, visitava meu coração de vez em quando só para, ainda, me proteger de algumas coisas... Mas o amor nunca viu o medo. Nunca o conheceu.
E lá de cima você apenas sentia pena de tudo isso ter acontecido porque alguém ousou te ver como és: Maravilhosamente encantador e incrivelmente... Perfeito.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Me diz - DARJEELING

Quando eu te olho frente a frente
Sinto uma coisa diferente
O meu peito explode sem parar
E os meus olhos brilham sem notar
Que você me olha sem entender
E fica perguntando o porque
Não paro de querer ficar assim com você

Se por um segundo eu fechar meus olhos
Posso muito bem imaginar
Sua boca tocando minha pele
Me beijando ao falar
Que eu sou tudo que você sempre quis
Que mesmo errando eu te faço feliz
Não paro de querer ficar assim com você

Me diz então o que faz feliz
Me diz então o que faz sorrir
Um carinho, um abraço
Me diz que eu faço
Tudo pra te ter aqui
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Como o Ju nunca disse qual era o nome da música por votação minha e do Rogers foi "Me diz" mesmo.

Recomendação do dia: De você - PITTY

:*

sábado, 15 de agosto de 2009

Estranho jeito de amar - DARJEELING

http://www.youtube.com/watch?v=sxcoYiLbTdU
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Quando eu penso em me afastar você me diz quero tentar mais uma vez te fazer feliz
Só eu sei o quanto me dói pensar em nunca mais te ver, te ter, pra mim
Mas eu sempre acabo te escutando
E no outro dia no meu quarto eu me acabo chorando
E isso é só pra nunca ninguém poder dizer que eu não tentei

Mas do que adiantou te amar? Fazer de tudo pra tentar uma relação que nunca deu certo
Você sempre com a razão agindo sem pensar em nós, tente uma vez ser um pouco menos
Mas eu sempre acabo te escutando
E no outro dia no meu quarto eu me acabo chorando
E isso é só pra nunca ninguém poder dizer que eu não tentei

Que eu não tentei por mim e por você
Que eu não tentei entender esse seu jeito tão estranho de me amar
E eu jurei promessas que vou ter que apagar
Por que assim como você eu errei por te amar
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Recomendação do dia: Na sua estante - PITTY

Aproveitem o domingo. ;*

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Já Chega!

Talvez ninguém tenha feito uma letra parecida
Talvez ninguém tenha dito isso ainda
Mas meu coração pede por uma canção diferente

Chega de ouvir no rádio, na TV, e ouvir todos cantando
Que a lua é feita de mel, que sua boca é o seu céu
E que qualquer um se entregaria...
Chega dessa baixaria!

Chega de dizer que a pele é macia e que o perfume vai ficar guardado
Chega de dizer que ver estrelas é o mesmo que estar apaixonado
Chega de sonhar acordado... e deixa de ser enjoado.

E a música é para cantar sentimentos
Direcionar o som alto ao vento
Esperando penetrar nos corações

Chega de dizer que festa é pegação, alto astral e beijo na boca
Chega de ir atrás do que diz essa gente louca
Chega de dizer que não dá mais e chega de dizer que será pra sempre
Chega de adolescente rebelde, e de achar que os outros nunca entendem

Chega de se esconder (suas verdades)
Chega de se expôr (quaisquer mentiras)
Chega de dizer que tudo o que você fez foi por amor
Chega de dizer que nunca mais vai se apaixonar
Chega de usar beleza pra enganar
Chega de usar o som pra mentir
Chega de chorar na música e de fingir

É a super proteção te coloca barreiras
É a tua exposição que te apedreja
No final das contas, nada disso importa
É só a tua alma quem vai brilhar
E essa é a única certeza

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Quebra-cabeça

Você
É a pecinha que faltava no meu quebra-cabeça
Com você
Entendi o sentido da minha figura
Você deu continuidade a minha vida
E foi muito mais fácil
Achar as peças que faltavam

Montou o meu coração
Consertou meu coração
Tapou os buracos
Preencheu o vazio

Me fez vencer o jogo
Com ele aprendi
Que temos um sentido
Mas juntos temos mais (2X)
___________________________

Essa é para o Ju que fica me enchendo o saco para cantá-la.

Recomendação do dia: Ódio - LUXÚRIA

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Amor Imaturo

Eu não sou tão inteligente quanto você
Também não sou tão esperta como você
Não me pergunte sobre matemática
Nem sobre história ou física
Mas me pergunte se eu te amo
E a resposta será sim
Sim, porque você me anima
Sim, porque você me fascina
Sim, porque você me ensina
Sim, porque com você, meu coração se ilumina

Não sei quem são as mitocôndrias
PI, pra mim é palavrão
Esqueça toda a matéria
O que importa é o coração
Mas pergunte se eu te amo
E a resposta será sim
REFRÃO
Se sua qualidade é ser esperto
A minha é saber brincar
Mas se eu falar muita bobagem
Sei que você vai se mandar
Mas se perguntar se eu te amo
Minha resposta será sim
REFRÃO
______________________________

Gostaram da minha composição? Um dia largo e vergonha e canto para saberem como é a melodia, rsrs! E falando em música...

Recomendação do dia: El juego de la vida – TWISTER

Boa quinta-feira, gente! :*

terça-feira, 21 de julho de 2009

Te Esperarei

Nada de chantagens ou de feitiços
Quero estar contigo
Sentir seu coração bater mais forte
Apenas por eu estar na sua vida
Mas se ainda não sente isso
Te esperarei
Apesar de tudo
Te esperarei
Pois vivo de amor
E ele me faz crer
Que vale a pena viver

Vou ficar na minha
Observando você ir
Saber que és feliz
Tudo o que eu sempre quis
Mas se não der certo pra você
REFRÃO
Te amando e te amando
O tempo vai passando
Mas eu não morro, não
Porque ainda acredito no amor
E se quiser tentar de novo
REFRÃO
Pois vivo de amor
E ele me faz crer
Que vale a pena viver

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Cada um Cuida do Seu

Não diga para eu te esquecer
Você é a razão do meu viver
Não diga para eu ir embora
Que já chegou a nossa hora
De dizer adeus
Tudo acabou
Daqui pra frente, cada um cuida do seu
Cada um cuida do seu
Mas o meu amor é teu
Como é que eu faço para separar os dois?
Um pedaço de mim
Estará em você
E um pedaço de você estará em mim

Eu nunca vou te esquecer
Foi muito bom te conhecer
Aprendi a amar pra valer
Mas agora você vem
Me dizer adeus
Já terminou
E agora, cada um cuida do seu
REFRÃO
Não paro de pensar que você
De mim nunca vai se esquecer
Vai mesmo me fazer sofrer?
Só eu vendo para crer
Eu te dou adeus
Isso já passou
Agora você canta "cada um cuida do seu"
REFRÃO
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Recomendação do dia: Túnel do Tempo - FREJAT

Tenham um bom fim de semana!

terça-feira, 14 de julho de 2009

Quando se vive???

Viver, na minha opinião, é muito mais do que "TER" vida. Não se vive por carregar o dom da vida, mas sim por usá-lo. Se vive quando despertamos novos sentimentos, quando sonhamos, quando desfrutamos de cada emoção.
Sobreviver e se esquecer de VIVER é se sentenciar a ser um morto-vivo. É ter vida e não viver. É querer estar sobre o viver e morrer por opção sem perceber a própria escolha.
Muitos dizem defender a vida, mas não a defendem. Não permitem o perdão, não admitem compreensão, não aceitam que cada um tenha a sua própria vida.
Viver é desejar, acreditar... Isso é a vida agindo. A vida que não é um ciclo, a vida que começa de repente. Começa quando conhecemos um amigo especial, quando amamos alguém, quando almejamos algo.
E daí... Bem, daí, um dia o corpo cansa e o que restará serão sentimentos e emoções, momentos, lembranças... Serão as suas companheiras fiéis, estarão contigo até o seu último suspiro! Suas coleções, seus retratos da vida.
E se não houver nada disso em você pensa que haverá vida após a morte se já não tiver preparado uma aqui mesmo?

Boa terça, gente. :*

terça-feira, 7 de julho de 2009

Novo Ciclo

Os sonhos existem para serem sonhados e realizados. A vida, para ser vivida. Não percamos tempo se remoendo pelo passado, do que fizemos ou deixamos de fazer, pois o mundo é uma roda e todo giro é diferente. Ele não é cruel. Continua girando para darmos novas oportunidades, novas chances de vivermos, de sonharmos.
Nós inventamos os sonhos. E por que não colocamos em prática nossas teorias, nossas invenções?
Não somos “apenas” seres-humanos. Somos parte de um todo, parte do mundo que age. Nunca termina, sempre começa. Por que o medo de viver em nosso próprio mundo? Por que se privar de viver, de arriscar?
São muito diferentes as portas da vida que nos esperam, só que elas não se abrirão sozinhas. Ponhamos logo a mão nessas maçanetas e entremos confiantes.
O mundo não é imperfeito, nós é que não estamos ajustados a sua perfeição. A cadeia alimentar, o ciclo da água, o ciclo da vida... Tudo interligado, tudo vivendo, tudo agindo.
Errar é apenas mais um começo. Um passo dado na estrada da perfeição, pois a vida está sempre nos propondo novas questões que só poderão ser respondidas vivendo nosso dia-a-dia.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Momento Alice [2]

Ali. Ou lá! Já não importa mais para onde eu vá. Se é pro lado de cá que te puxa ou pro lado de lá que te leva. Se é pro lado de cá que te leva ou pro lado de lá que te puxa. Não importa se é ali ou lá. Não importa se é pro lado de cá ou pro lado de lá.
Não importa se é pra cima ou pra baixo. Não importa se é pra esquerda ou pra direita.
Não importa porque tudo é vice-e-versa e versa-e-vice. E vice-e-vice. E versa-e-versa. Não importa porque as coisas continuam. E continuam as mesmas coisas. Não importa porque as coisas mudam. E mudam as mesmas coisas.
Não importa se você vai cair do lado de cá ou do lado de lá. Isso não importa. Nem se porta. Se suporta.
Pode-se cair. Cair-se não pode. Dê o braço a torcer. Não torça o braço de quem der. Não chute o balde. O balde, chute... Já não é mais a mesma coisa. A mesma coisa já não é mais. E as coisas sempre parecem iguais. E os iguais sempre parecem as mesma coisas.
Até ali, até lá... O que importa? O que não importa? Se você cair você pára. Se você andar você chegará onde iria parar. Se quer ir para lá vem para cá e se quer vir para cá vai pra lá.
Se tudo é nada e nada é tudo... Onde estou? Onde estamos? Para onde iremos? Se é que iremos. Não importa, se estiver frio, se estiver calor... E quando não estiver?
Estás perdida, Alice, no Pais das Maravilhas...
E quando não se importar em se importar e se importar em não se importar, vai finalmente acordar. E não terá mais medo de andar ali ou lá. Afinal o sonho é cheio de loucura e fatos que são difícieis de serem compreendidos. E o mundo real é tão distante disso???

Momento Alice

Aqui. Que fica perto dali. E ali que fica perto de lá. Acho que estou lá. Ou em qualquer lugar. Acho que me perdi... Ali. Ou lá!
Já não importa para onde ir. Porque você não estará lá. Estará perto de lá. Lá, que fica perto dali. Ali que fica perto daqui. Estará por aí. Estaremos aqui, ali, lá e perto de lá. Mas estaremos. Juntos. Próximos do "por aí". Perto de lá, lá, ali e aqui.

Estou num momento "Alice no País das Maravilhas".

Falo mais depois.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Ao avesso

Olá, pessoas! Estou sem tempo para postar aqui. Tenho aula hoje que, só pra compartilhar com vocês, eu acho que a maioria não vai. Por quê? Porque amanhã tem uma prova FERRADA de Anatomia e Fisiologia Humana e a maioria ficará em casa estudando para prova.
Então vou me puxar também e deixar o blog de lado, mas postando qualquer texto antiguinho por aí.
Como este abaixo

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É inacreditável... Quando alguém fala, é preciso calar e escutar. Mas quando você precisa falar a regra é outra. E por mais que você grite ninguém vai te escutar. Sua fala é tão inútil para a outra pessoa que ela precisa gritar para ser ouvida.
O que é importante para ela pode não ser importante para você, assim como o que é importante para você pode não ser importante para ela.
É incrível como todos dizem para você ser você mesma e que alguém vai te amar do jeito que é. E então, quando você tira a máscara todos fogem.
E quando você busca compreensão naquela pessoa que pensava que podia contar e ela vira as costas e ainda por cima te humilha por não ser como ela...
Mas o que seria de nós sem os empurrões? É claro que precisamos de alguém para nos incentivar, mas não significa precisar de alguém que nos humilhe.
Triste de saber... Quando você quer discutir a história, alguém já colocou um ponto final e fechou o livro. E você não tem nem a chance de se explicar.
E quando se confia numa pessoa, não significa que ela também confia em você. E ela não faz isso por egoísmo, mas sim por segurança.
E que há pessoas que dizem "podem contar comigo sempre" por pura curiosidade e na hora de ajudar te dão um chute.
Sei que vou chorar muito nesta vida e que muitos ignorarão. Então vou transferir em letras todas as coisas que sinto e alguém curioso que se diz preocupado irá ler e finalmente me entenderá.
Por algum motivo, a escrita e a leitura são mais eficientes que a fala e a escuta.
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Boa terça! :*

Hoje é aníver da Usagi Tsukino, minha heroína! :)

sábado, 27 de junho de 2009

Convite

Achei no meu guarda-roupa o convite da minha formatura da 8ª série e li a seguinte mensagem:

"Não é o desafio com que nos deparamos que determina quem somos e o que nos tornaremos, mas a maneira com que respondemos ao desafio. Somos combatentes, idealistas, mas plenamente conscientes, porque o ter consciência não nos obriga a ter teoria sobre as coisas; só nos obriga a sermos conscientes. Problemas para vencer e liberdade para provar que, enquanto acreditarmos em nossos sonhos, nada é por acaso!"

Só queria compartilhar com vcs. :*

terça-feira, 23 de junho de 2009

Mudança

Era uma vez um cara chamado Carlão. Um belo dia, ele resolveu mudar. As pessoas que viviam dizendo para ele mudar, de repente torceram o nariz para ele. E ele não entendeu nada...

Eu fui percebendo com o passar dos anos que não adianta nos modificarmos por uma pessoa por mais importante que ela seja para nós. Claro, devemos ser sempre nós mesmos, mas nunca os mesmos para sempre. É inevitável mudarmos. Mas que a mudança seja para enriquecer nossa alma, não para nos enquadrar em algo, não para obter aceitação. E como a maior parte das pessoas mudam por aceitação, deve ser por isso que elas debocham de quem mudou. E pior: depois de tanto te maltratarem, te humilharem, te infernizarem, te estragarem, com o passar dos anos eles mudam e falam "hoje eu penso assim, vejam como amadureci". E você que tanto sofreu para entrar naquele padrão mesquinho, acha que receberá o reconhecimento dessa pessoa? Não. Ela pensa que ela mudou porque ela é FODA! Ela não está nem aí para você. Nunca esteve. Quando você precisou, ela não te ajudou. E por não te ajudar, tu não conseguiu. E por não ter conseguido ela dirá aos quatro cantos do mundo "eu falei que essa criatura era um zero a esquerda, ela sempre foi assim, sabe, incapaz, incompetente, fracassada..."

Parece até mania de perseguição. "Não, ele não pode estar dizendo isso, porque essa é uma ideia boa e ele nunca será bom!"

Não é querer ser negativa, pessimista vitimista... Mas a verdade é essa. Se for mudar, mude por você, não pelos outros. Porque depois os outros mudam para aquilo que você era e o grupo em que você tanto se encaixou, tanto brigou para entrar, tanto sacrificou seu tempo e dedicação se desfaz e tu fica sozinho.

Mas vamos supor que agora tu já fez a besteira de mudar pelos outros e percebe o quanto isso machuca tua alma. O que fazer? Bem, nesse caso eu vou usar uma analogia bem simples: a do nosso organismo que quando adquire algo ruim, já cria anticorpos para nos preparar quando qualquer coisa venha a se repetir. Eu sei que fere o nosso ego sabermos que não somos perfeitos, dói sabermos que traímos a nós mesmos por algo que não valia a pena. Mas encare isso como um aperfeiçoamento. Aprenda a lição com graça, não como um bebezinho que se irrita por não conseguir encaixar a peça errada do brinquedo e joga tudo para o alto.

As pessoas podem e vão duvidar de você. Você era algo e depois virou outro, viu que não deu certo e voltou ao que era novamente. Vão te chamar de confusa, perdida, fracassada, hipócrita, falsa... O problema não é as pessoas dizerem isso. O problema é você acreditar nisso. Se você quis mudar é porque havia algo errado e você quis ser melhor. Como quem é organizado e vai fazer faxina na casa: quem chega no momento da faxina, vai achar tudo uma bagunça, tudo sujo, porque é preciso tirar as coisas do lugar para manter a casa limpa e cheirosa. E daí para espalhar que a pessoa é imunda, suja, bagunceira é um passo. Mas quem sabe a verdade é sempre nós mesmos.

Fiquemos então com quem gosta da gente, com quem nos ajuda a passar pelas peleias da vida - e pelos dias de faxina, haha - com quem acredita na nossa mudança e principalmente com quem a respeita. Quem debocha, ironiza... Deixe para lá, não dê satisfação. Não vai adiantar. É como política. Eles dirão que é tudo intriga da oposição. Que tu está mudando para agradar alguém, para ter algum benefício - que não o do amadurecimento da alma - que tu "só está fazendo algo bom para receber votos", entende? Porque a maioria das pessoas é assim, nesse mundo louco, competitivo, egoísta e ignorante as pessoas custam a acreditar numa coisa que é fato: a mudança.


Desculpem as várias analogias que fiz (adquirir imunidade com anticorpos, bebês jogando os brinquedos pro alto, faxina na casa, política, intriga da oposição), mas acho que ilustra bem. Tipo, "desenhar para entender". sabe? Ops, fiz de novo.
Boa quarta-feira a todos. :*

domingo, 21 de junho de 2009

O Grito De Um Coração Que Ficou Mudo

É amor.
Está óbvio.
Óbvio para mim.
Óbvio para
meu coração.
Óbvio porque ele bate
muito mais rápido só de pensar
em você...

E isso não me causa mal algum.
Eu sinto.
Ele bate...
E grita.
Grita mesmo que rouco...
Isso sim me causa mal.
Isso dói.
Dói porque é amor.

E você com esses
malditos fones.
Os fones da razão.
Os fones que você queria
que eu usasse.
Os fones que só me deixaram
com mais aflição...

E que
de nada adiantaram.
As batidas
do meu coração são mais fortes...
Mas você não ouve.
Os fones.
E quando tirar os fones?

E quando tirar os fones
seu coração já estará a muito tempo
calado.
E quando ouvires de mim contradições,
não conseguirá perceber que
já estou no desespero...

Não sei mais se você ouve
razão
ou
coração...
O meu coração...
Já rouco.
A única razão que escuto.

Meu coração você pode
esmagar.
A mim você pode
ferir.
Mas e o... Amor?
Este
eu levarei
comigo.

Ferida,
rouca,
machucada...
Levarei
comigo!
E quando eu levá-lo
o que te restará?

O que te restará
no final?
O que você vai levar
consigo?
O que vai levar?
Vai levar
Os fones...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Amor nas palavras

Ouço que palavras são vazias, que não valem tanto assim. Eu coloco meu coração e minha alma nas minhas palavras e não admito que venham dizer que "não valem tanto assim". Meus sentimentos, meus pensamentos não são vazios.
Já dizia Dumbledore:

"Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capaz de causar grandes sofrimentos e também de remediá-los."

Palavras podem ser qualquer coisa, menos vazias. São vazias quem fala por falar, quem diz por dizer, e quem escreve por escrever. Eu ponho amor nas minhas palavras. E vivo disso.
Talvez as pessoas estejam desacostumadas com o amor, pois não conseguem reconhecê-lo. Se elas tivessem amor dentro delas, estariam seguras de si, e não haveria aquelas eternas guerrinhas (palavra x atitude; direita x esquerda; rir x chorar; gordo x magro).
A guerra deveria ser conseguir manter-se equilibrado em cima da corda e não se atirar para um dos lados. Ter equilíbrio é saber que tem liberdade para jogar para um lado e para o outro para não despencar. É ser livre para poder escolher. E o amor está na liberdade.

Brave Heart

Minha versão da música tema de Digimon. :)


BRAVE HEART
Se lhe derem um segundo, qualquer um poderá fugir
Então não pare, apenas continue andando ao seu destino
Há algo que apenas você pode fazer
Para que este planeta azul não perca a sua luz e brilho
Corra em busca de seus sonhos
Proteja aqueles quem ama
Você pode ficar mais forte se perceber
Que há poderes desconhecidos saindo do seu coração
E qualquer desejo se torna real
Mostre que seu coração não bate em vão
Tenha em mente que nem todo dia será de sol
Mesmo assim não pare, apenas ande com o seu guarda-chuva
Não há um mapa de como se deve viver
Somos livres e você pode ir a qualquer lugar que desejar
Corra mais veloz que o vento
Voe em direção ao céu
Encontre o seu outro "eu", um vencedor
Há coragem desconhecida dormindo no seu coração
E quando acordá-la será mais forte
Mostre que seu coração não bate em vão
Voe em direção ao futuro
Proteja as pessoas amadas
Assim você pode ficar muito mais forte
Destrua o seu lado fraco
E destrua as barreiras ao seu lado
A arma mais forte estará dentro de você...
Em seu coração!

sábado, 13 de junho de 2009

É difícil

É difícil falar do amor com alegria, quando só se conhece a desilusão, a traição, a falsidade...
É difícil escrever algo bom da vida quando só se conhece amizades falsas, a lei injusta, um povo miserável...
É difícil acreditar quando só se conhece a desconfiança e o orgulho.
É difícil sorrir quando só se conhece o ditado "tudo o que é bom dura pouco".
É difícil se entregar a alguém quando só se conhece o medo.
E será difícil vocês me entenderem quando vocês só conhecem o sorriso.
É fácil julgar as pessoas pelo seu jeito de agir e pensar, pela sua "tribo", pela sua sexualidade.
Mas é difícil passar por etapas da vida e não sofrer transformações das quais todos te julgarão sendo a "errada" e então você vai dizer:
- É difícil...
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Texto totalmente EMO! (não de EMOcore, de EMOcional mesmo...) antigo bagarai!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Meus Cantinhos de Luz...

Queria q algumas pessoas me desculpassem. Pessoas que queriam me meter num grupo de amigos e acreditaram que seria pra sempre. As casas que morei e que depois deixei...

Boas casas com bons moradores das quais eu não keria ter partido, deixando gente com lágrima nos olhos, correndo atrás do táxi pedindo para eu voltar. Bom, isso definitivamente não aconteceu, embora eu kisesse q tivesse acontecido! Assim eu teria um bom motivo para pensar melhor no assunto e voltar para casa, sabendo q lá continuo tendo aquela mesma segurança. Mas oq eu aprendi nessas casas q morei (e uma em particular) é q se vc não tem segurança em vc mesma você não é um morador ou dono do lar como os outros lá dentro, é apenas um abrigado.

E apesar de ter saído de algumas casas eu não deixei os moradores. Nessas casas me preparei para o mundo descobrindo sentimentos, conhecendo diferenças, aprendendo a conviver... Aprendi a lidar com coisas com as quais não entendia. E me conheci mais lá.

Aprendi q paciência não é aturar o erro dos colegas e nem pensar q momentos ruins são apenas fases e aprendi q se nunca estourarmos com alguma coisa não conheceremos o nosso potencial. Aprendi q mais q conviver temos q nos conhecer. Aprendi q colega de quarto não é necessariamente um amigo. Aprendi q estar ligada a alguém pelo convívio não é o mesmo q estar ligada pelo coração. Aprendi q vc até pode escolher com qm conviver, mas q essas pessoas não tem obrigação alguma de te chamar pra sair com a galera no meio da noite.

Aprendi poucas coisas, mas importantes o bastante p/ sair de casa e deixar uma cama macia disponível, um guarda-roupa limpo, uma xícara favorita na cozinha...

São lares de muitos, mas abrigos de poucos. Foi meu lar. Foi meu abrigo. Hoje é o orgulho do q adquiri, das pessoas q encontrei e dos amigos q fiz.

E agradeço a essas pessoas por isso. Por isso q vale muito mais q apenas “isso”.